quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dyonélio Machado

Dyonélio Machado (Quaraí21 de agosto de 1895 — Porto Alegre1985) atuou como romancistacontistaensaístapoetajornalistamédico e militantecomunista brasileiro. Foi um dos principais expoentes da segunda geração do Modernismo no Brasil.

Dyonélio era filho de Sylvio Rodrigues Machado e de Elvira Tubino Machado. Ainda criança, seu pai foi assassinado, acontecimento que lhe marcaria para sempre a existência. Com apenas oito anos, vendia bilhetes de loteria para ajudar no sustento da família pobre - a mãe e o irmão Severino.
A pobreza familiar não o impediu, contudo, de continuar estudando. Dyonélio dava aulas para os meninos das classes mais atrasadas e, em troca, ele e seu irmão podiam estudar sem pagar a matrícula da escola. Aos doze anos, trabalhava como servente no semanário O Quaraí, onde começou a se entrosar com a intelectualidade local. Veio daí, provavelmente, o gosto pelo jornalismo, que o acompanharia pelo resto da vida. Lá mesmo, em Quaraí, fundou, por volta de 1911, o jornal O Martelo, nome sugestivo e que já demonstrava o seu interesse pelo comunismo.
De 1924 a 1929, dedicou-se ao estudo da Medicina, em Porto Alegre. Fez especialização em psiquiatria no Rio de Janeiro, junto com Antônio Austregésilo. Foi um dos principais responsáveis pela divulgação dapsicanálise no Rio Grande do Sul. A medicina foi sua atividade mais constante ao longo da vida e, mais que isso, foi o seu ganha-pão, além de uma paixão que muitas vezes se infiltrava em sua literatura.
Em 1934 traduziu a obra Elementos de Psicanálise de Edoardo Weiss, leitura obrigatória na introdução à psicanálise. Nessa época, já aplicava seus conhecimentos psicanalíticos para o tratamento de doentes psiquiátricos.
Com o interesse crescente pelo jornalismo e pela literatura, começou a freqüentar o círculo de Porto Alegre conhecido como "a turma da Praça da Harmonia", dos quais faziam parte o também médico Celestino PrunesEduardo GuimarãesAlceu Wamosy e Almir Alves.
Iniciou sua obra ficcional com os contos de Um Pobre Homem (1927). Entre suas obras estão Os Ratos (1935), aclamado como sua obra-primaO louco do Cati (1942), Deuses econômicos (1966), Endiabrados(1980), Fada (1982) Ele vem do fundão [1982] e O estadista. Sua obra foi apenas reconhecida tardiamente, tendo recebido destaque nos meios acadêmicos apenas a partir da década de 1990, assim mesmo de maneira muito superficial diante da qualidade de seus textos. O psicológico está bastante enraigado em sua obra, como deixam transparecer O louco do Cati e Os ratos.
A história de sua resistência intelectual é contada em O cheiro de coisa viva, volume publicado postumamente pela Graphia Editorial, que reúne entrevistas, reflexões dispersas e O estadista, romance inédito até então.
Dyonélio foi ainda um dos fundadores da pioneira Associação Rio-grandense de Imprensa (ARI) e, mais tarde, colaborador dos jornais Correio do Povo e Diário de Notícias, da capital gaúcha. Em 1946, com Décio Freitas, fundou o jornal Tribuna Gaúcha, porta-voz do Partido Comunista Brasileiro.
Dyonélio Machado
Nome completoDyonélio Tubino Machado
Nascimento21 de agosto de 1895
Quaraí
Morte19 de junho de 1985 (89 anos)
Porto Alegre
NacionalidadeBrasilBrasileira
Ocupaçãoromancistacontistaensaísta,poetajornalistamédico
Magnum opusOs ratos.
Escola/tradiçãoModernismo
Matéria/Foto :
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dion%C3%A9lio_machado/http://singrandohorizontes.files.wordpress.com/2010/01/dyonelio.jpg

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